Vida sexual após os filhos

Tempo de leitura: 6 minutos

Normalmente a chegada de um bebê é um momento muito esperado por qualquer casal. Entretanto, esse momento especial requer adaptação ao novo estilo de vida e sobretudo é preciso ter paciência e muito diálogo para que os contratempos não afetem a vida afetiva do casal.
Quando o casal possui uma vida sexual bem ajustada, alicerçada pelo diálogo na intimidade, provavelmente depois do nascimento do bebê a vida sexual sofrerá bem menos impactos e as adaptações necessárias serão construídas num clima harmônico e de confiança mútua. Não perca essa leitura, pois vai te proporcionar uma grande visão desse universo, além de construir um comportamento positivo.

Este artigo contém:

Autoestima da mulher
O envolvimento do pai com a maternidade
Voltando para si aos poucos
Resguardando a intimidade do casal
Atenção dividida
Importância da participação do marido
Regras de privacidade da intimidade
Uma mensagem para levar para casa


Autoestima da mulher

É importante esclarecer que além da influência na autoestima em função das mudanças ocorridas no corpo durante a gravidez, é bastante comum que mulheres que amamentam tenham uma diminuição do desejo, mesmo meses após o parto. Isso se deve ao efeito que a amamentação tem sobre os hormônios.

Por exemplo, os níveis de estrogênio são mais baixos durante a amamentação. Esse hormônio é responsável por manter a umidade e a flexibilidade do revestimento vaginal; portanto, se os níveis caírem e o revestimento ficar seco e rígido, a relação sexual pode ser desconfortável. Além disso, enquanto a mulher amamenta, seu corpo produz níveis mais elevados do hormônio prolactina, que reduz o desejo sexual. E, finalmente, os níveis de testosterona também são mais baixos em mulheres que amamentam. Esse hormônio “masculino” desempenha um papel na libido geral da mulher.

Considere reservar um tempo apenas para vocês dois se reconectarem como casal. Veja alguns pontos importantes para que o casal possa gradativamente ir recuperando a vida sexual o mais próximo possível da que existia antes da vinda do bebê.

O envolvimento do pai com a maternidade

Mãe, não exclua o pai das responsabilidades de pai. Já foi o tempo em que o pai era excluído dos cuidados com o bebê, mas infelizmente ainda há mulheres que querem ser 100% a protetora e guardiã do bebê e não permitem dividir as tarefas com o pai com a desculpa de que ele é bruto ou desajeitado.

Esse excesso e o querer ser supermãe vai fazê-la ficar exausta física e emocionalmente, além de fazer com que o pai se sinta excluído ou mesmo desobrigado dos cuidados e atenção devida ao novo membro da família.

Voltando para si aos poucos

Após o período crítico de adaptação com o bebê e a própria recuperação física pós-parto, a mulher deve voltar-se para sua reestruturação psicológica. É essencial que a mulher tire um tempo para se cuidar, ir ao salão, fazer suas atividades físicas, enfim, ver-se como mulher. Essa forma de agir ajuda a elevar a autoestima e, de quebra, restituir a libido.

Se precisar pedir ajuda para deixar o bebê com alguém enquanto você cuida de si, peça. Seja humilde o suficiente para pedir aquela ajudinha às avós, irmãs, tias, primas, ficarem, de vez em quando, com seu filho para que você possa curtir um momento prazeroso. Não queira ser mulher maravilha, lembra-se que super-heróis não adoecem. Para as mamães de primeira viagem que tal manter a sexualidade em alta deixando de lado o sutiã de amamentação e usar uma lingerie sexy.

Resguardando a intimidade do casal

Desde sempre acostume o bebê a dormir em seu próprio berço e, quando possível, em seu próprio quarto. Evite colocar o bebê na cama, entre o casal, isso enfraquece a intimidade. No início é realmente difícil principalmente em função do cansaço, mas procure pensar que é por pouco tempo.

Quantos casais mantém seus filhos já grandinhos dormindo na mesma cama, tirando totalmente a liberdade do casal. Definitivamente esse é um erro muito grave, porém muito comum. Importante saber que esse comportamento da criança dormindo com os pais pode levar a uma dependência emocional.

Atenção dividida

É importante a mulher saber que o marido também precisa de atenção. Muitos se sentem rejeitados ou mesmo “trocados” por muitos e longos meses ou até mais de um ano e com isso a intimidade do casal vai se esvaindo. Parece que simplesmente a mulher, agora mãe, passa a não o ver mais como homem, do tipo agora eu sou mãe e ele é pai deixando, num canto qualquer da casa, a mulher e o homem da relação. Muitas mulheres têm em mente que depois da maternidade o papel da mulher sensual e jogos de sedução não cabem mais. Esse é um grave equívoco.

Importância da participação do marido

Para estreitar ainda mais o relacionamento conjugal, é importante o homem ter muito carinho com a mulher e também lembrar que o sexo não envolve necessariamente a penetração. Nessa fase a mulher está mais sensível emocionalmente e fisicamente se sentindo desconfortável com o próprio corpo.

Para prosperar como um casal, é vital ter tempo um para o outro. A proximidade não é algo que acontece por acaso, mas deve fazer parte de um ritual contínuo, especialmente após o nascimento do bebê, onde a mulher pode se sentir com baixa autoestima e o homem abandonado.

Elogios, carícias e preliminares são muitos bem-vindos, além de ótimos estimulantes para o relacionamento. Com essas atitudes a mulher se sente valorizada e compreendida nessa fase.

Regras de privacidade da intimidade

Conforme os filhos forem crescendo não se esqueça de criar regras de comportamento e respeitado os limites. Por exemplo bater à porta do quarto e somente entrar quando for permitido é uma regra que não pode ser negligenciada. Lembrando que essa regra deve ser seguida também pelos pais. Muitos pais têm seu momento de intimidade com muita tensão por vergonha de trancar a porta ou medo extremo de serem ouvidos, dessa forma o sexo deixa de ser algo prazeroso e pleno.

Uma mensagem para levar para casa

A chegada do bebê é um momento muito especial e diminuir a frequência sexual nesse período é normal. Encontrar maneiras de se manter conectado, seja por meio do sexo, do trabalho em equipe ou de um tempo de qualidade juntos pode ajudar os casais a fazer a transição pós-parto de maneira mais tranquila.

Apesar de todas as dificuldades que um casal pode vivenciar depois do nascimento de um filho, o relacionamento tem tudo para se tornar mais forte e mais profundo. Afinal, você não é mais apenas um par, você agora é uma família e, ao superar as dificuldades, estará construindo uma base sólida que os ajudará a enfrentar os altos e baixos dessa nossa trajetória.

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